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Mostrando postagens de janeiro, 2021

LOUVA-A-DEUS

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  Numa tarde de descanso, daquelas em que estou no sofá, com a televisão ligada e a tentar ver documentários sem ouvir, porque estou no pico de uma daquelas moléstias arrasadoras, que permitem que um fio de baba quase chegue ao chão, acontece o inevitável: Zune-me nas orelhas a campainha de casa. Fico momentaneamente meio aturdido e a pensar no que será, "chuva não é certamente", mas vai-me calhar gente... certamente. Instala-se o pânico das hipóteses: É um familiar com assuntos de família. Não, é uma vendedora que me vem dizer, que tem o melhor pacote do mercado… de telecomunicações. Não, é um vizinho que não me cumprimenta, mas que precisa dum alicate. Não, não é o Super Homem. Levanto-me para ver quem é, abro a porta e eis que surge a realidade vestida da hipótese mais provável, mas que eu, esgazeado de sono e com o cérebro feito numa uva passa, nem sequer vislumbrei: Duas almas de fato e gravata. Pensei que eram homens de negro e me tinham confundido com um extraterrestre

UM

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  A importância no número um na nossa vida, está presente em tudo. Nascemos em forma de um e morremos da mesma forma. A vida onde vivemos, é só uma, num planeta que é só um, pertencente a um sistema solar, encaixado numa galáxia, que por sua vez está integrada num universo, que mesmo sendo muito vasto e variado, é supostamente só um. Somos todos únicos, apesar de interligados. A humanidade é só uma. A forma de escapar a isto, também é só uma: Não existir. Mas essa parte não dominámos. Ora, já que existimos, proponho humildemente, algo que, embora pareça utópico, daria muito jeito: Praticarmos a nossa existência única, num quadro de interligação com os outros uns, no plano humano, animal e ambiental. Cá está, sem anestesia. Sim, não esqueçamos que os animais, tal como nós e pelo simples facto de terem nascido, também estão sujeitos à mesma condição de serem únicos, na existência que lhes foi proporcionada pela natureza. Quanto ao ambiente, ainda que com variantes e personalidades múltip

PANDEMÁTICA

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                                                              As pandemias têm ciclos de aparecimento e os matemáticos explicam isso muito bem, por um motivo muito simples: Já aconteceram e há sempre uma fórmula capaz de evidenciar com exatidão o porquê desse aparecimento, naquele preciso momento. Fácil. Mas os matemáticos também se atrevem a traçar espaços temporais, quanto à ocorrência de eventos futuros. Eu, por mim, ficava quietinho, mas eles é que sabem. Digo isto, porque, sempre que os matemáticos falham, acabam normalmente por arranjar uma forma de dar a volta ao assunto. Alegam qualquer vetor aleatório, que se possa ter intrometido nas tangentes, fazendo com que estas se tivessem afastado, ou então, dão outra explicação qualquer, embrulhada numa tal complexidade, e em termos tão rebuscados e intangíveis, que ficamos como um estorninho a olhar para um paralelo. Fazem-nos sentir ridículos na nossa ignorância, só para mostrarem que são superiormente inteligentes e fazem muita falt