UM


 


A importância no número um na nossa vida, está presente em tudo.

Nascemos em forma de um e morremos da mesma forma.

A vida onde vivemos, é só uma, num planeta que é só um, pertencente a um sistema solar, encaixado numa galáxia, que por sua vez está integrada num universo, que mesmo sendo muito vasto e variado, é supostamente só um.

Somos todos únicos, apesar de interligados.

A humanidade é só uma.

A forma de escapar a isto, também é só uma:

Não existir.

Mas essa parte não dominámos.


Ora, já que existimos, proponho humildemente, algo que, embora pareça utópico, daria muito jeito:

Praticarmos a nossa existência única, num quadro de interligação com os outros uns, no plano humano, animal e ambiental.

Cá está, sem anestesia.


Sim, não esqueçamos que os animais, tal como nós e pelo simples facto de terem nascido, também estão sujeitos à mesma condição de serem únicos, na existência que lhes foi proporcionada pela natureza.


Quanto ao ambiente, ainda que com variantes e personalidades múltiplas, também é só um.

Não temos outro. Já deu para perceber. 

E neste capítulo do ambiente, é melhor não inventar muito mais, porque ele anda com a humanidade pelos cabelos e pode tornar-se inconveniente, malcriado e até violento. 

Bem, estou a tentar avisar com jeitinho… ou temos juízo, ou vai doer.


Também a vida é como um livro, onde a existência é a capa e cada página é um de nós, interligados num todo.

Neste livro, cada um escreve a sua parte e mesmo que a história vá alterando e fiquemos com a impressão que mudamos de página, ela é a mesma, é apenas a página do um que somos.


Tudo isto, talvez nem precisasse de ser escrito, mas a escrita é o retrato da diversidade universal, ou seja, uma conjugação de realidades e fantasias unicas que, umas vezes se complementam e outras vezes se isolam, em função do ser único que a for ler e interpretar.

Daí a importância que uma simples letra tem ao formar uma palavra, nem que seja para dizer o que parece óbvio.


Uma coisa me parece certa: não é por acaso que o zero aparece antes do um.

Isso acontece porque o zero, mesmo sendo zero, também existe.

A matemática explica praticamente tudo, mas eu acho que o zero foi criado para preparar a humanidade, como se fosse um pré-aviso para chegar ao número um, esse número singelo e extraordinário.

Singelo por ser único e simultaneamente extraordinário, por ter a grandeza de comportar o todo.

Vejam que, mesmo o termo "todo", é singular, não é?...Pois, lá está.


Um: este é o número que domina cada uma das existências, para bem ou mal de uns e de... uns.


Finalizo então, deixando duas notas atípicas:

1ª nota atípica:

Quando escrevo o termo um no plural, apesar de se transformar em uns, não deixa de ser um e espero que ninguém se confunda:

Passa a ser um grupo composto por cada um.

2ª nota atípica e talvez a mais importante:

Este texto só tem validade, até à data em que ficar provada a existência do multiverso (mesmo assim, o termo é singular, mas que chatice), assim como a prova, de que cada um de nós, possa existir simultaneamente em diferentes realidades paralelas, que as nossas aptidões cerebrais, bastante subdesenvolvidas, ainda não tenham capacidade para reconhecer.

 

Será que o tempo irá destruir a nossa noção de singularidade?

Não sei. Mas estou preocupado com a validade do texto.

Assinado,

Um. (por enquanto)


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