ADVERTÊNCIA DE NATAL
Estimados amigos:
Têm circulado frequentemente pelas redes sociais, apologias de incentivo à compra de Árvores de Natal, importadas ilegalmente da Colômbia.
É um logro enevoado, vestido de verde.
São árvores manhosas e com efeitos nocivos, pelos variados distúrbios que causam.
Deviam ser todas enroladas e queimadas.
Só para que fiquem melhor informados, relato aqui a experiência alucinante, de um amigo meu, que comprou inocentemente, uma árvore dessas no Natal passado:
Colocou o arbusto canabiento, ao lado da mesa, na sala de jantar, na noite de Natal e o resultado dessa decisão insensata, ultrapassou a noção daquilo que conhecemos por tragédia familiar:
O homem não conseguiu tocar na posta de bacalhau, devido aos sucessivos e agonizantes ataques de riso.
A mulher, também sob o efeito odorífero do referido elemento de decoração, revelou-lhe que tinha um caso, em simultâneo, com dois colegas de trabalho.
Nem assim ele parou de rir, embora, a partir daí, se notasse uma certa asfixia e dilatação dos globos oculares.
Isto teve implicações familiares marcantes.
Foi o estalar do marfim na sua plenitude.
A sogra, meia aturdida, despiu-se e atirou-se ao meu amigo.
A pobre senhora, que apesar dos seus 85 anos, tinha, até então, um caminhar perfeitamente normal, agora anda de muletas e os vizinhos deixaram de a conhecer de costas.
Está visto, que é um arbusto que também destrói socialmente os desvalidos.
No presépio da sala, o menino Jesus ficou tão agitado com os vapores, que as palhinhas se transformaram numa espécie de pão ralado de nove cereais.
A Virgem Maria, quando o José lhe perguntou, se realmente, ela tinha gerado o Menino em estado virginal, ficou com os olhos em bico e esboçou um sorriso estranhamente malicioso.
A vaca tossiu e até o burro riu para dentro. E é burro...
Enquanto isso, os reis magos andavam apressadamente à volta do presépio, a imitar comboios e barcos a vapor.
É uma árvore demoníaca, que nem a fé religiosa respeita.
Já o cão de caça que estava na sala, um animal agressivo de raça pura, passou a noite toda a raspar desesperadamente as unhas no sofá... e a miar… atacou-lhe no ADN.
O bicho, entretanto, já melhorou, mas está diferente.
Agora, quando uiva, abana a cabeça e estala os dedos das patas da frente.
O meu amigo já não o leva para a caça, porque o animal, quando entra no mato, em vez de regressar com perdizes ou coelhos, aparece-lhe com mortalhas, isqueiros e bocados de papel de prata na boca. Nunca mais foi o que era.
Fica então comprovado, que a presença em qualquer lar, deste nefasto vegetal de origem colombiana, é a representação, dissimulada mas real, da teoria do caos em versão arborícola.
Fica então feita a advertência.
E agora, voltando à normalidade, informo que neste Natal, as renas irão voltar a voar.
Veremos o que nos reserva a Páscoa, mas o mais certo, é que os coelhos também voltem a pôr ovos de chocolate.
Termino, pedindo que nunca se esqueçam do meu conselho habitual:
Não fumem nada que seja de beber, nem bebam nada que seja de fumar, ou seja, se não trocarem as motivações, será tudo muito melhor do que ao contrário e vice-versa, mas no sentido oposto. Acho que fui claro.
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